domingo, 30 de novembro de 2008

Poemas Avulso 2


Amo-te sem querer
E sinto ódio deste sentir que não me larga as penas
Que fica colado aos dedos como substancia peganhenta
Sim, é exactamente isso que és, não passas de uma massa peganhenta que se me colou aos dias e à vida
Sacudo-te do capote nos dias de frio e de chuva mas continuas imóvel sem a mínima das intenções de me deixares em paz
Quando pergunto o que queres dizes que vieste para ficar, para me fazeres feliz.
Mais uma mentira desse rol que não tem fim
E mais uma vez limpo os dedos ossudos ao lenço de linho branco
E no espaço entre a unha e a carne um pouco de ti fica para me lembrar que existes
Que é bom viver perto de ti
Contigo
Mais uma mentira que invento para poder sorrir

Nenhum comentário: